Com o recente surgimento dos nômades digitais (indivíduos que podem exercer suas profissões remotamente de qualquer lugar do mundo) e o fortalecimento da “economia de compartilhamento”, o mercado imobiliário tem tentado adaptar seus modelos de habitação e se modernizar para atender a essas demandas.
De acordo com a pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (IPESPE) em agosto de 2020, 80% dos jovens entre 16 e 24 anos já admitem não se importar com a compra de um imóvel e mais de 50% das pessoas acima de 60 anos também dizem querer ter mais liberdade para morar.
A Housi, startup de moradia por assinatura, é pioneira no modelo de habitação on demand no Brasil e aposta que o movimento ganhará ainda mais força nos próximos anos.
Surgem edifícios com apartamentos tipo “loft”, de 25 ou 30 metros quadrados e, em compensação, áreas comuns vastas e cheias de facilidades. Até vending machines (tradicional máquina automática de venda de salgadinhos e bebidas) nas garagens e corredores estão aparecendo como um diferencial para atrair esse público que procura mais conforto em menos espaço.
Outras mudanças que atingem as áreas comuns dos edifícios foram a substituição dos salões de festas tradicionais por ambientes mais informais que lembram pubs, a introdução de salas de coworking ou de reunião e de espaços pet. Todas essas transformações na estrutura típica de um edifício residencial são pautadas nesse perfil de público que é a geração millennial: adultos entre 30 e 40 anos, que apreciam tecnologia na sua rotina, conectados digitalmente, preocupados com o futuro do planeta e que cada vez mais integram núcleos familiares menores tendo um ou nenhum filho.
A escassez de lotes nas áreas centrais das cidades fez com que a busca por terrenos nas áreas mais periféricas e rurais aumentasse, criando um movimento chamado “êxodo urbano”.
Além disso, a diminuição do poder aquisitivo das pessoas e a alta no valor dos materiais de construção ocasionou uma maior procura por projetos tipo tiny houses, que são pequenas residências muito práticas e funcionais com diversas soluções criativas para a falta de espaço.
Também há uma preocupação com a autonomia dessas residências, pois muitos proprietários desejam formas de viver off the grid, ou seja, fora do sistema. Para tanto, eles utilizam fontes de energia renovável e independente da rede pública, fazem a própria gestão dos seus resíduos, plantam alimentos orgânicos no seu terreno, entre outros recursos.
Outra tendência muito forte que afeta todas as modalidades de construção é a sustentabilidade. As grandes construtoras já vinham aplicando algumas soluções sustentáveis como forma de agregar valor aos seus edifícios e agora, mais ainda, devem incorporar essa característica em todas as etapas da obra, desde a concepção do projeto até a execução.
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